---- Capitulo 25 Marilia ouviu tudo em siléncio. Quando Gabriel finalmente parou de falar, ela respirou fundo e respondeu, com a voz calma, mas firme: - Gabriel, nds ja estamos divorciados. Eu nunca mais vou voltar com vocé. O que eu sentia por vocé... se desgastou, dia após dia, no meio da sua indiferenga, do seu desprezo. Nao restou nada. Então volte sozinho. Meu futuro nao tem mais espaço para vocé. E O seu... nao me interessa mais. Simples. Claro. Definitivo. Mas para Gabriel, era como se o chao tivesse desmoronado debaixo de seus pés. Seus olhos ficaram vermelhos, cheios de desespero. - Nao! Vocé está mentindo! Vocé nao pode me deixar! Ele agarrou os bra¢os dela com força, recusando-se a aceitar a realidade. - Esse divércio nao vale nada! Vocé me enganou para assinar aquele papel! Eu nem sequer li antes de assinar! Isso nao conta! Nos ainda somos casados! ---- Vocé nao pode me abandonar! Ele estava fora de si, completamente fora de controle. Apertou os bracos de Marilia com forga, ignorando seus protestos, e começou a arrasta-la para o carro. - Me solta! Gabriel, vocé esta me machucando! Ela se debatia, mas nao conseguia se soltar. Ele estava decidido a leva-la de volta a forga. Foi entao que, no momento mais critico, uma figura alta e imponente surgiu da escuridao - e sem hesitação, desferiu um soco direto no rosto de Gabriel! BAM! Gabriel cambaleou para tras, atordoado. - Giano?! - Marilia arregalou os olhos. Ele estava ali, diante dela, os olhos frios como laminas. - Vocé... como veio parar aqui? - Seu rosto estava péssimo quando saiu. Eu fiquei preocupado. - respondeu, sem desviar o olhar de ---- Gabriel. - Entao segui vocé. Gabriel, agora furioso, se levantou cambaleando e cuspiu no chao. - Mas que porra... quem diabos é vocé?! Ele apontou para Marilia, a voz cheia de raiva. - Tire suas maos da minha mulher! Giano soltou uma risada fria. - Mulher? - Ele segurou Gabriel pelo brago e o imobilizou com um movimento rapido. - Vocé nao ouviu? Marilia ja se divorciou de vocé. Ela nao tem mais nada a ver contigo. Essas palavras foram como um punhal cravado no orgulho de Gabriel. - Filho da puta! - rugiu, tentando se soltar e partindo para cima de Giano. Giano nao era um homem facil de derrubar. Os dois comecaram a brigar ali mesmo. Eram dois homens fortes, experientes em lutas, e nenhum estava disposto a ceder. ---- Os golpes eram rapidos, secos, violentos. - Parem com isso! - Marilia gritava, tentando separar os dois. Mas como se nao bastasse, um novo participante entrou na briga. O tio de Marilia apareceu, dizendo que iria "separar a briga". O que ele fez? Comecou a ajudar Giano a dar uma surra em Gabriel. Marilia ficou sem palavras. - Osenhor nao ia separar a briga?! A tia dela, por sua vez, estava achando tudo maravilhoso. - Isso! Isso! Acabem com esse cretino! - ela incentivava, batendo palmas. Acena toda parecia saida de um filme absurdo. No fim, dois contra um foi injusto - mas quem se importava? ---- Gabriel acabou caido no chao, ofegante, com o rosto ensanguentado. Ainda assim, recusava-se a desistir. Mesmo coberto de hematomas, ainda insistia: - Eu nao vou embora sem vocé, Marilia! A voz saiu rouca, mas determinada. - Eu demorei muito para te encontrar. Eu nao vou desistir. Limpou o sangue do canto da boca e continuou: - Enquanto vocé nao tiver se casado com outro homem, eu vou continuar tentando te reconquistar. - Eu vou fazer vocé me amar de novo.
